quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Monumentos contribuem para preservar a história de Salvador

Foi em 1815 que Salvador ganhou seu primeiro monumento: um obelisco de 12 metros de altura, construído em mármore, que marcou a chegada de Dom João VI e da família real portuguesa à Bahia, em 1808. Instalado inicialmente no Passeio Público, a escultura foi transferida para a Praça da Aclamação, no Campo Grande, e é considerada um dos principais patrimônios materiais de Salvador.
Na mesma região, o Monumento ao 2 de Julho se destaca no centro do Largo do Campo Grande. Erguido em homenagem à Independência da Bahia, a escultura em mármore de Carrara, esculpida pelo artista italiano Carlo Nicoli, traz o símbolo do Caboclo para representar a identidade, nacionalidade e liberdade do povo. Quando foi instalado, em 1895, era considerado o mais alto da América do Sul, com  25,86 metros.
Assim como estes, centenas de monumentos de valor histórico e artístico estão espalhados pela capital baiana. Seja em praças, ruas, jardins ou em instituições públicas e privadas, a maioria deles ajuda a contar a história das lutas e personalidades de Salvador.
O historiador e professor Chico Senna destaca os mais significativos dos séculos XIX e XX, entre eles o monumento aos Heróis da Batalha de Riachuelo (Guerra do Paraguai), inaugurado em 1874, em frente à Associação Comercial da Bahia, no Comércio; a escultura em homenagem ao poeta Castro Alves, no Centro Histórico de Salvador;
a Cruz Caída, do artista baiano Mario Cravo Jr., instalada no local onde esteve a Catedral da Sé, que na década de 1930 foi demolida para a passagem de um bonde; a estátua de Vinícius de Morais, no bairro de Itapuã; e o marco da chegada de Thomé de Souza, um painel de azulejo e uma coluna instalados no Porto da Barra em 1951.

"Os monumentos contam a nossa história e devem ser preservados como memória e obra de embelezamento da cidade. É necessário que a população se conscientize da importância e zele por eles. Na grande maioria, o que acontece não é o desgaste pelo tempo, mas sim a depredação por causa do vandalismo", alerta Chico Senna, que durante oito anos foi presidente da Fundação Gregório de Matos (FGM), responsável pela preservação dos monumentos da cidade.
Monumento aos Heróis da Batalha de Riachuelo.
Cruz Caída
Estátua do Poeta Castro Alves

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